12 de Outubro 2005
- Já sabia que neste dia tinha de estar ás 8.30 na maternidade, para indução de parto pois até para nascer a piolha foi teimosa.
- Acordei a tremer de medo, quase a chorar confesso, era um misto de alegria porque a ía ver com um medo muito grande das dores, das agulhas do toque. Estava com uma constipação grande daquelas com dor de garganta e tosse.
- 8.30 já estava eu na recepção a dar os dados. Esperei.
- Penso que já passava das 9.00 entrei.
- Já há algum tempo que não andava a dormir bem, devido ao calor, à barriga, ás dores de costas e pernas.
- Quando ouvi o meu nome estremeci, mantive o pensamento de que ía ver a minha filha e mais nada, só para afuguentar o medo ou tentar pelo menos.
- Tirei a roupa toda, vesti uma bata que me deram daquelas lindas transparentes, a barriga era tão grande que não cabia lá dentro em vez de bata vestido, ficava bata camisola e via-se o rabo, lá foram arranjar um número maior. Ao passar por duas enfermeiras "que barriga tão grande, são gemeos?", ri-me, "não é só uma", de boca aberta as duas "vai ser grande" neste momento voltei a realidade de... ai isto vai doer. Dois clisteres, tudo pronto.
- Sala de dilatação, quando me íam ligar o soro já eu sabia o quanto aquilo doia pois uma semana antes tive lá uma noite por causa de contrações que tive e por precaução mantiveram -me lá 24h, respirei fundo, e continuei o meu pensamento " falta pouco vou vê-la isso é o mais importante".
- A enfermeira meteu o cateter mal, para o soro correr tinha de meter a mão ora para cima, ora para o lado, qualquer coisa que desse para aquilo correr, mas picar outra vez como ela sugeriu?? Naaaa está bem assim.
- Primeiro toque, uma médica que me assistiu m algumas consultas, trepei a cama mas ainda se aguentou, 0cm.
- Meteram um fio lá por baixo, e toca a andar.
- Andei muito no corredor, pior era ver ao fundo do mesmo duas máquinas, uma com iogurtes outra com café e afins, o cheirinho e não poder comer nada nem beber.
- De hora em hora vinham fazer o toque ,10.00/11.00...18.00/19.00...20.00, cada hora que passava o toque era mais doloroso, nas ulimas horas já quase não deixava mexer, na ultima chorei, trepei a cama, tudo porque passado todo este martiro de... não conseguir dormir, soro mal posto, de andar muito, de toques de hora em hora, chegam há minha beira "nada 0 dedos, ainda está atrasado", pensei como era possivel, depois de contrações seguidas umas dolorosas outras menos, tinha 0?? O animo desapareceu, o cansaso venceu.
- Num dos ultimos toques em que já estava desgastada e depois de ouvir uma médica e o médico dizer "já é muito velhinha para fugir a isto não acha? Vamos lá a deixar fazer isto pois tem de ser não dá de outra forma", veio uma médica à minha beira muito meiguinha " Vamos ter de fazer o toque outra vez", tinham acabado de fazer um mas como eu me queixava muito de dores pensavam que tivesse alguma infecção no utero, e toca de fazer outro, eu a chorar disse-lhe que não que já não aguentava mais, ela muito simpática disse-me "sabe tem de ser, eu só vou ver se tem alguma infecção, eu sei que doi muito, tenho noção disso mas tem mesmo de ser, eu prometo que não vou magoar, acredite em mim", eu ainda disse que não mas ela acalmou-me bastante e se tinha de ser...
Só posso dizer que ela mexeu, remexeu e não doeu nadinha, fiquei muito mais calma, descontraida, no dia a seguir só pedia que fosse ela a fazer o toque mas ela pelo que disseram não estava, se era verdade ou não...
- 23.00 Desistiram ao verem-me esgotada, tiraram o fio, limparam-me, deram-me jantar, mandaram o Pedro para casa e por aquela noite deixaram-me em paz, recomeçava tudo ás 8.30 do dia a seguir. A tosse persistia, enganava o CTG porque ao tossir fazia picos.
- Escussado será dizer que não dormi e quase não comi, eu e outra rapariga que estava comigo desde manhã, estavamos nuns sofás cá fora a lamentarmo-nos do porquê fazerem-nos sofrer tanto tempo, o doloroso que era os toques, o eles não compreenderam o porquê de treparmos a cama.
Dia 13/10/2005
- 8.30 da manhã, ainda tinha dormido um pouco de noite, cerca de 2horas nõ mais o resto andava, janela, casa de banho, sentava-me, as contrações continuavam mas aguentavam-se bem, durante a noite começou a sair o rolhão, eu sorri para mim e fiquei feliz, agora era rápido, já tinha começado.
- 9.00 chegam os médicos, CTG ligado, mais um toque logo pela manhã, eu toda contente pensava que já teria pelo menos um dedo, o médico: "nada 0dedos", caiu-me tudo, não pode ser, então o rolhão está a sair, tenho contrações e nada...
- Mais uma fita e toca a andar.
- Eram mais ao menos 11.00, depois de muito andar dá-me uma contraç~~ao tão forte que não me consigo mexer, a respiração perde-se, já não sei como se respira nem nada, aninhei, passou. O Pedro aqui começou a ficar mesmo preocupado a a perceber que eu estava cheia de dores.
- Só me deu tempo de dar mais uns passos, penso que dois e nova contração, aninhei, as lágrimas começam a escorrer sem eu dar conta, o Pedro preocupado pergunta se estou bem, pedi para me levar para o quarto pois já não me aguentava de pé. Acabei de falar, mais uma, quase cai mas agarrei-me a cama. Eu já chorava voluntária e involuntariamente, o Pedro foi chamar o médico de tão aflito que estava de me ver assim. Nunca pensei que aquelas dores me paralizazem assim.
- Chega o médico com duas enfermeiras (até parecia que estava a morrer, que será que o Pedro foi dizer? qua já estava a ter a criança? ), ajudaram-me a subir para a cama, novo toque 2dedos, tirou-me o fio, eu a queixar-me das dores que não aguentava. Deu-me uma injecção daquelas que fiquei com o rabo a doer por uns dias, as dores passaram, as contrações também.
- 13.00/14.00........18.00 sempre com toques de hora em hora, 2dedos não saia disso, contrações no CTG no máximo, dores...nada. Achei estranho que as enfermeiras estranharam haver contrações e não ter dores ??? Cheguei a ficar preocupada por causa disto, se seria normal já que elas não achavam.
- 19.00 bloco de partos, o médico decidiu levar-me para lá, meteu-me ocitocina, minimo...máximo, contrações com dor, nada dilatação 2dedos.
- Nos toques já chorava outra vez, e por não ver as coisas evoluirem, ao lado uma mulher gritava ao ter o filho, o medo... cada vez maior.
- 22.00 Mais um toque, agora faziam de pouco em pouco tempo, a estranheza de não estara reagir a ocitocina continuava as contraç~oes no papel também, dores??? nada dilatação 2dedos.
- Cansada como estava, já não deixava ninguém me mexer, chegou uma enfermeira muito simpática que tal como a outra médica me acalmou e fez um toque que não doeu nada, senti ela mexer lá dentro, dizia-me que sentia a bolsa.
- O médico já farto de me aturar por não o deixar mexer, de trombas vira-se para a enfermeira "rebente a bolsa", a enfermeira olha para mim, vê -me esgotada, olha para o médico " Ela não tem 2dedos tem 3.5, devia ter levado epidural quando estava em trablho de parto", isto a rir-se, um riso amarelo para o médico do tipo (fizeste merda mas não te posso dizer pois és meu superior), ele vem cheio de lanço, "ainda agora vi e tem 2", e a enfermeira já a passar-se com ele "ora ponha os seus ddos à beira dos meus? já viu a diferença? ela tem 3 dedos e meio. Não a faça sofrer mais, já viu como ela está? vou rebetar a bolsa para ela sofrer mais e ficar até amanhã? " o médico virou costas com uma tromba maior.
- Ela ainda pegou numa cena de rebentar a bolsa, olhou para mim mais uma vez e " não vou fazer isto, não vou fazê-la sofrer", e saiu da sala, só sei que passado meia hora penso eu ou nem isso voltou com um sorriso grandes "vai fazer cesareana", tenho pena de não me lemrar da cara dela pois se me lembrasse ia lá agradecer-lhe por tudo.
- 23.30 ou 00.00 nesta altura já não me lembro de alguns pormenores, estava à dois dias sem dormir tinha duas horas de sono, estava muito cansada.
- Ouvi ao longe, "preparem a sala de cesareana". A tosse continuava.
- Levaram -me por um corrdor, só me lembro das luzes por cima de mim, abriram uma porta, subi para uma mesá. Já estava sem oculos e sem eles não vejo praticamente nada, mas lembro-me de quanto era fria e o primeiro pensamento foi "parece uma sala de autopsias".
- A anestecista veio falar comigo, "vamos lhe dar epidural, vai ficar acordada está bem", acordada?? não podia ser, acordada não, pedi que fosse a dormir, não queria ouvir elas a falarem, ela teimou comigo que ía ser assim e que ela é que sabia o que era melhor pois eu estava constipada e levar uma anestecia geral podia matar-me, por palavras dela " vai ser epidural e acabou, não quero que me fique aí em cima da mesa por estar costipada".
- Chorei, chorei mas não adientou, mandou-me baixar o mais possivel, senti um frio a descer a coluna e logo nesse instante deixei de sentir as pernas, detestei a sensação de não as sentir mas mexer. fica tipo uma dormencia estranha, mas é melhor que a dormencia da anestecia do dentista :)
- Deitaram-me, braços esticados para o lado, meteram-me umas cenas coladas no peito para verem as batidas do coração.
- Veio uma enfermeira para a minha beira, também estava grávida, ouvi a médica "sente alguma coisa", "não".
- A enfermeira começou a falar comigo, eu respirava fundo para não me acalmar por estar acordada, "Então está bem? como se chama? É menino ou menina? que lindo e como se vai chamar" cheguei a uma altura que ouvi o choro da Diana, a enfermeira continuava a falar mas eu já não ouvia nada do que ela dizia, era a minha filha a chorar "posso cortar o cordão", resposta "Para quem não queria estar acordada... não não pode".
-Olhei para tudo o que era lado, via embrulhada num cobertor, "ela está bem? é perfeitinha?", "sim está optima".
-Ouço ao longe algo como "00.45, 3740 (penso que foi isto, se não foi algo parecido), 46cm, só mais tarde vim a saber que ouvi mal, era 00.35 / 3870 gr / 49cm, estava com a anestecia, cheia de sono, só me mantia acordada porque queria vê-la.
- Questionava-me porque é que não me traziam, mas não perguntei, lembro-me de me sentir muito cansada para o que quer que fosse.
- Senti mexerem na barriga, tipo a abanar, estavam a cozer. Deu-me um ataque de tosse, já estava desde do inicio da cesareana a tentar aguentar não tossir, até que não deu mais, começo a tossir e ouço " faz alguma coisa, já é a terceira vez que começo a cozer e ela rebenta com isto a tossir, vá lá tente aguentar, oh fulana põe aí unas paninhos na garganta a ver se ela acalma pelo menos até acabarmos", fiz um esforço e resultou.
- Não me lembro de nada a seguir a isto, lembro-me de como soube muito bem os cobertores quentinhos em cima de mim, do sono que me estava a dar e a vontade enorme de dormir, mas queria ver a minha filha, e ainda me perguntava porque ainda não a tinha visto. Pedi a uma enfermeira para me trazerem, tinham levado ao pai para ver e para lhe darem de comer. Pensei, então não a ponhem aqui para mamar? Eu quero dar de mamar, mas não disse nada.
- Mais uma enfermeira mais um pedido "quero ver a minha filha, onde está?" iam trazÊ-la, pedi os oculos, perguntaram porquê lá tive de explicar que sem oculos não vejo nada e que queria vê-la bem, al´m disso estava cansada já não via um palmo à frente, lá reclamou uma delas, mas outra disse "é normal há pessoas que não veem sem oculos, dá lá os oculos , não custa nada".
- Mudaram-me para uma cama onde fiquei o resto dos dias, tive de me arrastar sozinha pois "é muito pessada e não podemos consigo, vamos lá a arrastar", não sentia as pernas, custou muito ter de me levantar e arrastar para a cama, pensei "se me estão a colocar aqui quer dizer que já passaram duas horas de recobro, e a minha filha?" já pensava o pior, o cansaço fez -me pensar de tudo, que estava mal, que tinha morrido e ninguém me queria dizer, que a íam roubar ( a mente cansada faz cada uma lol).
- Estava quase a dormir quando reparei que a pusseram à minha beira, não conseguia vê-la encostaram-na tanto a mim que não a via, e não me conseguia virar, a anestecia estava a passar e doia-me tudo, pernas, costas, barriga.
- No quarto... não me lembro do número de cama, nem de quarto mas lembro-me do cheiro, do quarto ser pequeno, ser frio. Tinha uma rapariga ao meu lado ía nesse dia embora, não sei que horas eram mas já estava toda pronta para ir mas lembro-me que ainda demorou muito até chegar o marido e ela ir embora. Perguntei-lhe se também tinha sido cesareana, disse que sim, e disse também que me ia custar muito levantar-me da cama e deitar, as camas eram altas e era complicado subir, doia sempre, que a barriga ía doer, etc.
- Ainda não tinha conseguido virar-me para ver a Diana mas sentia-a juntinho a mim, o cheirinho dela. Ouço um barulho, engasgou-se com vomitado, eu não me conseguia mexer, tentei mas não conseguia, ela começa a ficar roxa, pedi a rapariga do lado para tocar à campainha, veio uma enfermeira e já estava eu a chorar, por ela estar roxa se estava bem. A enfermeira pegou nela, disse que estava bem e levou-a, não compreendi mas não disse nada, agora começo a reparar que o cansaço me fez aceitar muitas coisas que se não tivesse assim exigia respostas.
- Trouxe-me de volta, meteu-a no berço encostada a minha cama, fiquei horas a olhar para ela, o nariz, os olhos a boquinha tão linda, contei os dedinhos das mãos e mais tarde dos pés perfeitinha, era minha, parecida com o pai, olhar para ela via-o a ele, chorei a olhar para ela, era minha, acabou tudo já não sofria mais, ela estava ali. A tosse continuava.
- De manhã 7.30 dormi um pouco mas não deve ter sido muito, as senhoras vieram mudar a cama, a enfermeira veio lavar-me, tiraram a argalia (pensei que doia mais). Passado umas horas veio o médico ( o tal que ganhei um pó que se o vejo na rua.... mais vale qu não se atrvesse à frente do caro.) carregou de tal maneira na barriga que me magoou, para ver se estava tudo no sitio disse ele, será??? Questiono-me muitas vezes. A ebfermeira depois do medico me ver, perguntou se estava com dores, disse que sim, desde manhã que estava cheia de dores nas costas e barriga mas as costas sentia mais, deram uma medicação para as dores.
- Antes das visitas vieram ter comigo duas enfermeiras, explicaram-me que tinha de me levantar e de andar para curar mais depressa, qua ao me levantar ía sentir como se a barriga tivesse a cair mas que era normal depois passava. Levantaram-me e.... senti a barriga cmo se tivesse 30kg, doeu, mas lá me sentei e passou, a tosse ainda lá andava e cada vez que estava para tossir tentava aguantar pois cada tossidela era uma dor na barriga daquelas que vem as lagrimas aos olhos.
- A hora de visitas era a melhor parte, chegava a contar as horas, minutos. Ficava muito cansada mas era tão bom ter ali as pessoas que eu gostava, poder falar. Ao fim da tarde entrou outra rapariga de cesareana que ficou a minha companheira de quarto até sair por coincidencia ela é daqui de perto de minha casa mas foi morar depoisd e casar para o Porto, eu fui ao contrario sou do Porto e vim aqui parar. Tiraram -me o cateter dio braço pois por estar mal posto inchou-me o braço.
- Sábado, depois de muitas dores, de teimarem comigo que tinha de andar, coisa qu custava muito pois ao ir para o frio do corredor a tosse piorava e custava muito, cheguei ao ponto de não falar com ninguém pois o falar dava vontade de tossir.
- Chegaram as visitas, nesse dia foi lá a minha patroa, conseguimos juntar 8pessoas dentro de um quarto minusculo com mais umas 4 da rapariga ao lado, tudo porque descubrimos como dar a volta ao porteiro e ensinamos ao marido dela :). De tarde durante uma conversa animada com as visitas, até estava a falar com a minha patroa, deu-me uma dor repentina e muito forte no pescoço, pensei "fogo dei um jeito ao pescoço, só me faltava um torcicologo agora", depois desta dor a cabeça começou a doer, de tal maneira que não conseguia mezer o pescoço, nem abrir os olhos , ams aguentei até as visitas irem embora. À noite dei banho à Diana , tentamos mais uma vez que mamasse mas o terem habituado ao biberon e o meu leite ainda não ter subido, estava a ser complicado. Numa das visitas da enfermeira a ver se estava tudo bem, disse-lhe da dor de cabeça e pescoço que estava e que ainda não tinha passado, ficou com um ar preocupado e perguntou se estava assim à muito, eu disse que desde de tarde, mas também disse que já à algumas noites que não dormia quase nada que devia ser cansaço, ela ainda olhou para mim com ar preocupado mas disse "está bem mas se amanhã ainda doer aviseestá bem".
-Domingo, dormi a primeira noite quase completa, a Diana tinha sido levada com a bebe do lado pois precisavamos de descansar e a outra bebe não parava de chorar de noite, a minha só acordava para mamar mais nada. A cabeça continuava a doer, tive de me sentar pois nõ conseguia praticamente abrir os olhos, passou a ronda dos médicos, pediatra. A enfermeira veio ao quarto e disse-lhe que a dor continuava, ela foi falar com o médico e voltou com uma medicação. Perguntou pelo meu cateter mas exliquei a situação, e ela viu o braço. "Bem vamos ter de colocar outro", tremi logo, aquilo doi que se farta a por, mas pronto, quando ela vem para espetar pede-me a mão, fiquei logo a tremer, nunca me tinham picado na mão, mas se tinha de ser lá deixei.
- Pica a primeira vez, digo um ai baixo, pica duas, disse um ai já mais alto daqueles que se ouve na China sabes? " arrebentou a veia" disse ela para a outra enfermeira, já não chegava a tosse, as dores, aquela cena do pescoço e cabeça, o braço inchado do antigo cateter e agora as veias da mão rebentadas?
- Eu desatei logo numa choradeira, já estava farta de ali estar queria ir para casa, não ter aquelas coisas todas. "vamos ter de tentar na outra mão" bem ainda não tinha picado e já eu berrava e berrei ainda mais quando rebentou as da segunda mão, comecei a tremer, pelo que uma delas disse estive quase a entrar em pre eclampsia, se é verdade não sei, mas comecei a tremer muito, não consguia parar de chorar, com o choro o nariz entupiu, a tosse aumentou, as mãso doiam tanto. Elas pararam, tentaram acalmar-me, fizeram-me festinhas e a dizer para ter calma que logo logo ía para casa, que se não fizesse aquele tratamento que ía ficar assim para sempre que tinha mm de ser. Eu disse que tudo bem mas que só deixava que me picassem onde eu queria, e assim foi.
Deixaram acalmar-me almoçei embora não tenha conseguido comer quase nada, e passado umas hors lá estavam elas para mais uma sessão de picadelas, desta vez só picaram uma vez e onde eu quis, na dobra do braço onde costumam tirar-me sangue pois aí sei que não doi, pior foi não poder dobrar o braço pois o cateter podia sair. De tarde tiraram a bebe do lado do quarto, fecharam tudo proibiram as visitas, só deixaram estar lá o Pedro pois eu precisava de descansar.À noite já mais calma é que me lembrei de perguntar o que se passava comigo, pois continuava com a medicação (6frascos de não me engano que me davam por dia de medicação), e o enfermeiro explicou-me que o que eu tinha era uma das consequências da epidural, o liquido saiu pelo buraquinho da epidural e o corpo estava desnivelado ou lá o que era, dava dores muito fortes no pescoço e cabeça e não conseguia mexer o pescoço, eu confirmei isso. Bem tinhamos 2dias de induçao, tosse, a amamentação a correr mal e agora aquilo, estava a correr bem.
- Ainda no domingo o Pedro foi comprar bicos de silicone, comprou da chicco mas mesmo assim a Di não pegava, a cada passo elas vinham espremer e teimar que ela mamasse, mas ela só berrava de fome e teimava em não pegar.
- Segunda já me sentia melhor, na passagem do pediatra a Di ficou com ictericia, teve de ir paar as luzes, como não habia vaga na parte de cima foi para as incubadores, bebes pequeninos que estavam lá e ela com aquele tamanhão À beira deles, chamava a atenção. Sempre que podia ía para a beira dela, a cabeça ainda doia e não devia andar assim de um lado para o outro mas sentia que tinha de estar à beira dela, finalmente com muito esforço e teimosia consegui que ela pegasse na mama mas mm assim não era suficiente, mas já era um principio, como eu tinha bicos mas mesmo assim tinha de usar os de silicone, o biso ao entrar dentro dos mesmos fez-me feridas, mas lá aguentei. De noite davam-me ataques de tosse (porque é que só há noite é que acontece isto?).
- Terça de manhã passa o médico, tive alta, pergunto se a Diana tem, o médico diz que ainda não, no meio da alegria de eu ter alta fiquei triste por não a conseguir levar, mas memso que ela ficasse eu ficava lá também tanto que eles já tinham escrito no meu processo que ía lá ficar com a minha filha.
- Fui ao pediatra das encubadoras e ele disse -nos "olhem nós vamos fazer a ronda aos bebes e vamos fazer-lhe o exame venham aqui daqui a umas horas mas não ganhem esperanças pois ela tem 18mg e só pode ir se tiver menos de 10 o que é praticamente impossive baixar em menos de 24h" ficamos tristes mas decidimos esperar, a minha colega já tinha alta e tudo pronto para ir embora e eu ali a vê-la preparar tudo.
- Almocei, fomos ver se já tinham passado, ainda não mais meia hora, fui arrumando as minhas coisas pois eu pensei que não podia ficar, arrumei tudo, fomos outra vez lá abaixo, o médico vem logo ter conosco com um sorriso de orelha a orelha, percebi logo que era boa a noticia e vieram-me as lágrimas aos olhos, "a vossa filha já pode ir, é muito estranho e quase impossivel mesmo mas ela baixou dos 18mg para 9mg, podem ir para casa" , sem pensar dei o aperto de mão ao médico e agradeci montes de vezes, as lágrimas a cair, sorrimos fomos buscá-la à incubadora, e toca a ir para casa. Como não sabia que ía sair naquele dia o Pedro esqueceu se de me levar roupa, andei de robe na rua pois não tinha roupa no Porto :) o que vale é que os vizinhos da sogra e da minha mãe ja´sabiam que eu tinha saido da maternidade.
A amamentação depois de muitas dores, de comprar uns bicos muito bons no continente, de muita teimosia de muitas vezes ter tirado com bomba porque teimei que tinha de dar do meu leite, consegui que ela agarrasse nos meus bicos. Senti isso como uma vitória, e se não fossem as minhas costas doerem muito não tirava tantas vezes com a bomba como tirei.
Adoro ser mãe, embora seja muito cansativa, sei que vale e pena isto tudo que passei, amo a minha filha, mas..... ela que não me peça nenhum irmão (por mim: tão cedo nem pensar; pelo Pedro: outro???? nem pensar estás mas é maluca passar por tudo outra vez???) confesso que se fosse por ela passava por tudo outra vez mas se fosse para ter outro.... não queria, nem pensar, mas daqui a uns anos ou se apenas acontecer....
Ps: enquanto grávida, o corpo ficou todo estragsdo estrias por todo o lado, peles não faltam então a barriga nem comento, o pos parto foi doloroso a tosse ainda durou mais uns 3/4 dias, as mamas estão uma lastima (que bom era andar sem soutien aiii), o calor era muito dormia nua e mesmo assim tinha de colocar uma toalha na zona do pescoço por causa de transpirar muito, ganhei uma alergia na barriga que fiquei cheia de manchas em qeu andei a fazer tratamento e a comichão?? nem vale a pena mencionar, tinha noites que não dormia e só estava bem de pé pois tinha dores nas virilhas que de 30 em 30min acordava para mudar de posição. Como veem correu mal, se me dessem a certeza de que tudo isto que passei não ía acontecer com um 2º ~daqui a uns anos tinha outro, agora se não me dão a certeza........
21 agosto, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
11 comentários:
Miga sofri muito com o meu parto, mas tu sofreste ainda mais!Meus Deus! Eu estive 20 horas em trabalho de parto entrei com um dedo dilatação as 20h00m do dia 13/10/05 e ele nasceu as 15h53m do dia 14/10. Demorei essas horas todas para completar os 10 dedos. Fizeram-me tantos toques que perdi a conta...fiquei completamente dorida e já chorava só de ver as enfermeiras e obstetras...Foi um desespero pois quando cheguei aos 4 dedos depois não passava disso... enfim! Foi um alivio quando o meu nino nasceu e bem graças a Deus, pois ele teve em sofrimento...
Olá Linda!
Não imaginava que tinha sido tão complicado! Mas já passou e tens uma princesa linda!
E daqui a uns anos já esqueceste! ;-)
Beijinhos,
Carla e Beatriz (10m e meio)
http://em-busca-da-ervilhinha.blogspot.com/
O encontro é quando quiseres!!! Podemos almoçar um dia destes!! Que dizes? Tens msn? Podemos combinar melhor.
Bjs
cada parto tem a sua história e a sua dor... eu tive cesariana e não tive quase dores, confesso que tive no primero dia mais e as primeiras horas de pé foram muito dificeis, mas nada que não se consiga aguentar.
um beijão
Opah comecei a ler, mas desisti. Acho k so vou ler o resto no fim de a minha Íris estar cá fora, não leves a mal, mas agora...
Beijos
Pronto, além de termos em comum as garotas serem pestinhas, a be tb custou a nascer. Tb foi induzido mas não foi como a ti.
Puseram me um gel e eu não me podia mexer. Todo o dia nisso (com muitos toques), e sem me poder se quer sentar.
E tb ela n nasceu nesse dia mas sim no seguinte.
Mas tb é uma das melhores coisas que tenho no Mundo.
jokinhas
Minha linda, experiências más há muitas, mas também há boas e ainda bem. A minha foi péssima, tão má que começei a descrevê-la e não consegui continuar. Só agora consigo falar seriamente do que aconteceu hé mais de 10 meses atrás. É engraçado porque também eu comecei um post sobre o parto, que publicarei em breve. Apesar de tudo o que sofremos, quero muito ter um segundo filho. Não me interpretes mal, compreendo que te sintas assim, mas queria dizer-te, que por ter sido mau uma vez, não tem de ser a sugunda. O meu marido, apesar de quase ter perdido as duas, pensa como eu. Não há mal que sempre dure. Mas se voltar a engravidar, vou garantir que tudo corre bem porque desta vez já sei como é. Jinhos e conversamos daqui por uns tempos, lol.
Li tudo...
Um dia posto tb o meu... tb n foi fácil!!!!!
Bjinhos enormes!!!
E ao ler tudo isto lembrei-me de todas as emoçoes que passei ao ver o meu bebé, o cheirinho dele a emoção de lhe ver acarinha pela primeira vez, etc. Mas só me lembrei mesmo disso, pk graças a deus o meu parto doeu ó se doeu, mas foi chegar ao hospital e ter o bebé, perdi 2 horas mais nada e levei 2 pontitos.
Mas acho q há um comentário que posso fazer a este texto lindo e q me fez chorar um cadinho confesso.
Como é possivel o ser humano sofrer tanto e conseguir transformar esse sofrimento em num amor sem igual. Só mesmo nós maes temos esse dom. Uma beijoca linda e lembra-te um 2º filho nunca é igual ao 1º. xau
Amiga eu tb passeio mundos e fundos no parto da Beatriz ... no entanto o parto da Francisca apesar de mais demorado foi canja ... lol
A 2º puxão a piolha já keria vir sozinha ...lol
Bjokas e vai pensando nisso lol mas daki a 4 aninhos
Paula
Querida Andreia que saga!
Que sofrimento! Há gente mesmo desumana a trabalhar nos hospitais deste país que consegue transformar a beleza que é o nascimento de uma criança numa história de terror.
O que importa é que agora tens uma Dianinha linda e cheia de vida contigo!
Beijinhos
Enviar um comentário